desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será
abominável." Será que entendem isso os que professam a fé?
O
que é verdade com referência a essas duas petições, também o é
no que se refere a toda oração. Será que os crentes levam isso na
devida consideração? Lembramse de que tudo que se apresenta como
oração é abominável se não for feito no estado de consagração
inteira de quanto somos e temos a Deus? Se na oração e com ela, não
nos oferecemos, com tudo quanto temos: se o nosso estado de espírito
não é de quem aceita de coração toda a vontade de Deus,
executando-a perfeitamente até onde a conhecemos, então nossa
oração é abominável. Que profanação terrível é o uso que
freqüentemente se faz do Pai Nosso, tanto em público como em
particular. Repetir como um papagaio "Venha o teu reino, seja
feita a tua vontade, na terra como no céu", enquanto a vida
está longe de se conformar com a vontade de Deus, é simplesmente
revoltante. Ouvir os homens orarem: "Venha teu reino",
enquanto está mais do que evidente que estão fazendo pouco ou
nenhum sacrifício ou esforço para promoverem esse reino, é uma
refinada hipocrisia. Aí não há nada de oração vitoriosa.
- A ausência do interesse egoísta é uma condição da oração vitoriosa: "Pedis. e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres" (Tg 4.3).
- Outra condição da oração vitoriosa é a consciência pura diante de Deus e dos homens. I João 3.20-22: "Se o nosso coração (nossa consciência) nos acusar, certamente Deus é maior do que o nosso coração, e conhece todas as cousas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus, e aquilo que pedimos, dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável." Aqui se tornam claras duas condições: primeira, que para sermos aceitos por Deus temos de conservar pura a consciência: e, segunda, que devemos guardar seus mandamentos e fazer diante dele o que lhe é agradável.
- Coração puro é condição da oração vitoriosa. Sl 66.18: "Se eu atender à iniqüidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá".
- Toda a confissão e restituição devidas a Deus e aos homens é outra condição da oração vitoriosa. Pv 28.13: "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará: mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia".
- Outra condição: mãos limpas. SI 26.6: "Lavo as mãos na inocência, e, assim, andarei, Senhor, ao redor do teu altar". I Tm 2.8: "Quero que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem contenda".
- A solução das contendas e animosidades entre irmãos é uma condição. Mt
5.23,24:
"Se, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que
teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua
oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então,
voltando, faze a tua oferta".
- A humildade é outra condição da oração vitoriosa. Tg 4.6: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes".
- A remoção dos tropeços é ainda outra condição. Ez 14.3: "Filho do homem, estes homens levantaram os seus ídolos nos seus corações, e o tropeço da sua iniqüidade puseram diante da sua face; devo eu de alguma maneira ser interrogado por eles?"
- O espírito de perdoar também é condição. Mt 6.12: "Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como temos perdoado aos nossos devedores"; Mt 6.15: "Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas".
- Exercitar o espírito da verdade é outra condição. SI 51.6: "Eis que te comprazes na verdade no íntimo". Se o nosso coração não estiver no espírito de acato à verdade; se
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