Capítulo 5 Será "Duro Este Discurso?"
Em artigo anterior afirmei que a falta do revestimento de poder do alto devia ser considerada prova de inaptidão para o pastor, o diácono ou o presbítero; o superintendente de Escola Dominical, o professor de colégio cristão, e principalmente para o professor de seminário teológico. Será "duro esse discurso"? Será uma palavra descaridosa? Será injusta? Será imoderada? Estará em desacordo com as Escrituras? Suponhamos que, no dia de Pentecoste, um dos apóstolos ou dos demais discípulos presentes tivesse deixado, por apatia, egoísmo. incredulidade, indolência ou ignorância, de obter esse revestimento de poder. Seria então descaridoso, injusto, imoderado ou anti-bíblico, que ele fosse tido por inapto para a obra da qual Cristo os encarregara?
Cristo lhes dissera expressamente que, sem esse revestimento, nada podiam fazer. Tinha-lhes recomendado taxativamente que não o tentassem com as próprias forças, mas que esperassem em Jerusalém até receber o necessário poder do alto. Prometera, com igual clareza, que, se permanecessem conforme a sua recomendação, haviam de recebê-lo "dentro de poucos dias". Evidentemente entenderam a recomendação no sentido de esperarem continuamente no Senhor em oração e súplica pela benção. Ora, suponhamos que algum deles se ausentasse, para cuidar de seus negócios, contando com a soberania de Deus para outorgar-lhe esse poder. Fatalmente teria ficado inapto para o trabalho: e se assim fosse considerado pelos irmãos e companheiros que obtiveram o poder, teria isso sido descaridoso, injusto ou em desacordo com as Escrituras?
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