segunda-feira, 9 de abril de 2018

Livro no Blog: (UVCE) Capítulo 3 O Revestimento do Espírito

creio, muitas lágrimas, durante uma ou duas horas, sem encontrar alívio. Voltei para o meu quarto no hotel, mas quase em seguida fui de novo para o bosque. Fiz isso por três vezes. Da última vez obtive completo alívio, já na hora da reunião.

Fui para a escola e encontrei-a completamente lotada. Tirei minha pequena Bíblia do bolso e li este texto: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". Expus a bondade de Deus em contraste com a maneira pela qual ele é tratado por aqueles que amou e aos quais deu o seu Filho. Argüi os meus ouvintes pelas suas blasfêmias, e, reconhecendo entre eles vários cujas pragas eu ouvira pessoalmente, com o coração cheio de ardor e com lágrimas nos olhos apontei-os, dizendo: "Ouvi esses homens rogarem de Deus pragas sobre seus companheiros." A Palavra teve efeito poderoso. Ninguém pareceu ofender-se, porém quase todos ficaram grandemente esternecidos. Terminado o culto, o bondoso dono, o Sr. Copeland, levantou-se e disse que à tarde abriria a casa de oração. Assim fez, e a casa esteve repleta, e, como pela manhã, a Palavra operou com muito poder.

Assim começou poderoso avivamento na vila, o qual, pouco depois, espalhou-se em todas as direções. Creio que foi no segundo domingo depois desse, que, ao descer do púlpito à tarde, um senhor de idade me procurou e disse: "O senhor não poderia pregar em nossa localidade? Nunca tivemos ali reuniões religiosas". Informei-me da direção e da distância, e combinei de pregar lá na tarde seguinte, segunda-feira, ás cinco horas, na escola.

No domingo eu pregara três vezes na vila e assistira duas reuniões de oração; na segunda-feira fui a pé cumprir esse compromisso. Fazia bastante calor, e antes de chegar, comecei a sentir-me fraco para andar e com grande desalento de espírito. Senteime debaixo de uma sombra, à beira do caminho, sentindo-me fraco para chegar ao destino e, mesmo que chegasse, desanimado para abrir a boca diante do povo.

Quando enfim cheguei, encontrei a casa repleta. Comecei em seguida o culto, anunciando um hino. Tentaram cantar, porém a terrível desarmonia causou-me verdadeira angústia. Inclinei-me para frente, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos sobre os ouvidos, e ainda sacudia a cabeça, procurando excluir a dissonância que, mesmo assim, a custo suportei. Quando pararam de cantar, lancei-me de joelhos, em estado de quase desespero.

Até esse momento não tinha nenhuma idéia de que texto usaria na pregação. Ao levantar-me da oração, o Senhor me deu este: "Levantai-vos, e saí deste lugar. porque o Senhor há de destruir a cidade". Falei ao povo, o mais aproximadamente que pude recordar, onde se encontrava o texto na Bíblia, e prossegui contando-lhes da destruição de Sodoma. Esbocei a história de Abraão e Ló; de seus tratos um com o outro; de como Abraão orou por Sodoma; de Ló, o único homem piedoso achado na cidade. Enquanto isso, notei que a fisionomia dos presentes demonstrava que estavam muito zangados comigo; assumiam mesmo aspecto ameaçador, e alguns dos homens perto de mim pareciam que iam me bater. Eu não entendia isso, pois estava apenas dando, e isso com grande liberdade de espírito, alguns esboços interessantes da história bíblica.

Assim que terminei o esboço histórico, voltei-me ao povo e disse-lhes que eu entendia que nunca tinham tido reuniões religiosas naquela vizinhança. Aplicando esse fato, golpeei-os com toda a força com a espada do Espírito. A partir desse momento a seriedade do ambiente foi aumentando rapidamente. Daí a pouco pareceu cair sobre a congregação um choque instantâneo. Não posso descrever a sensação que tive, nem a que se manifestava na congregação, mas parecia que palavra, literalmente, cortava como

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