segunda-feira, 9 de abril de 2018

Livro no Blog: (UVCE) Capítulo 5 Será "Duro Este Discurso?"

esforços para compreender intelectualmente aquilo que deve ser recebido como experiência consciente pela fé.

Há necessidade de uma grande reforma na Igreja quanto a este ponto em particular. As igrejas devem acordar para os fatos, assumir uma nova posição, uma atitude firme no tocante às qualidades dos pastores e oficiais. Devem recusar-se a aceitar como pastor um homem cujas qualidades para o cargo não estão inteiramente satisfeitas. Tenha o que mais tiver a recomendá-lo, mas se os seus antecedentes não comprovam que ele possui esse revestimento de poder para ganhar aimas para Cristo, devem considerá-lo inapto para o cargo. Era costume das igrejas, e creio que em alguns lugares ainda o é, certificarem-se dos frutos espirituais dos trabalhos do pastor, antes de o considerarem capacitado e chamado por Deus à obra do ministério. De alguma maneira a igreja deve verificar se o pastor que chama apresenta um ministério frutífero e não uma haste seca, ou seja, um mero intelecto, uma cabeça quase sem coração; escritor elegante, mas sem unção; grande arrazoador, mas de pouca fé; de grande imaginação, talvez, porém sem o poder do Espírito de Deus.

As igrejas precisariam ser exigentes com seminários teológicos neste assunto; enquanto não o forem receio que os seminários jamais acordem para a sua responsabilidade. Há alguns anos, um dos ramos da igreja escocesa ficou tão incomodado com a falta de unção e poder dos ministros que lhe eram fornecidos pelo seminário teológico, que tomou a resolução de não ocupar mais pastores formados ali, enquanto o seminário não se reformasse nessa parte. Foi uma repressão necessária, justa e oportuna, e creio que teve efeito salutar.

Um seminário teológico devia indiscutivelmente ser uma escola não apenas para ensinar doutrina, mas também e, principalmente, para desenvolvimento da experiência cristã. Não há dúvida de que, nessas escolas, o intelecto deve ser bem provido; porém, é de muito maior importância que os alunos sejam conduzidos ao conhecimento íntimo e pessoal de Cristo, do poder da sua ressurreição, da comunicação de suas aflições. sendo feitos conforme a sua morte. Um seminário teológico que vise principalmente a cultura intelectual e forme eruditos a quem falta esse revestimento de poder do alto, é um laço e

uma pedra de tropeço para a igreja. Os seminários não devem recomendar ninguém às igrejas, por maior que seja o grau da sua cultura intelectual, se não tiver obtido o grau mais elevado: o revestimento de poder do alto. Deve ser considerado incompetente para preparar homens para o ministério, o seminário que expedir como pastores homens que não possuam essa qualidade mais indispensável. As igrejas devem tratar de tomar informações e então considerar aqueles seminários que fornecem não apenas os mais instruídos, mas os pastores mais ungidos e cheios de poder.

É incrível que, embora geralmente se admita que o revestimento de poder do alto é real e indispensável para o sucesso no ministério, na prática o assunto seja considerado pelas igrejas e escolas como sendo relativamente de pouca importância. Teoricamente se reconhece que é tudo; na prática é tratado como se não fosse nada. Desde os apóstolos até o tempo presente vem-se verificando que homens de mínima cultura humana, mas revestidos desse poder, têm tido o maior sucesso em ganhar almas para Cristo: enquanto que outros da mais apurada cultura, de posse de tudo quanto as escolas lhes forneceram, têm revelado a mais absoluta falta de poder no que concerne à obra específica do ministério. Assim mesmo continuamos dando dez vezes mais ênfase à cultura humana do que ao batismo do Espírito Santo.
Na prática humana ela é tratada como sendo de importância incomparavelmente maior do que o revestimento de poder do alto. Os seminários possuem homens eruditos, porém muitas vezes lhes faltam homens de poder espiritual; por isso mesmo não insistem nesse

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