segunda-feira, 9 de abril de 2018

Livro no Blog: (UVCE):Capítulo 7 Como Ganhar Almas

  1. É absurdo, portanto, supor que um pecador indiferente, sem convicção de seu pecado, possa aceitar inteligente e reconhecidamente e perdão que o evangelho oferece, enquanto não aceitar a justiça de Deus em condená-lo. A conversão a Cristo é uma transformação inteligente. Por isso a convicção do merecimento da condenação tem que preceder a aceitação da misericórdia, pois sem a convicção o pecador não compreende sua necessidade de misericórdia. É natural que o oferecimento seja rechaçado. O evangelho não é nenhuma boa-nova para o pecador indiferente e sem convicção de pecado.
  2. A espiritualidade da lei deve ser aplicada inexoravelmente à consciência até que se aniquile a presunção do pecador de ser justo, e ele se coloque, mudo e contrito, diante de um Deus santo.
  3. Em alguns homens essa convicção já está madura, e o pregador pode logo apresentar a Cristo, na esperança de que seja aceito; em tempos normais, porém. tais casos são excepcionais. A grande massa dos pecadores é indiferente e não tem convicção do seu pecado. Se presumirmos que estão convictos e preparados para receber a Cristo, insistindo com os pecadores a que o aceitem imediatamente, estamos iniciando a obra pelo fim e tornando ininteligível o nosso ensino. E semelhante processo acabará demonstrando-se errado, sejam quais forem as aparências e profissões do momento. O pecador poderá na verdade alcançar esperança através de tais ensinos: mas, a não ser que o Espírito Santo supra algo que o pregador deixou de fornecer, verificarse-á falsa a esperança. É mister que sejam apresentados todos os elos essenciais da verdade.
  4. Depois que a lei tiver feito sua obra, aniquilando a presunção do pecador quanto à sua justiça e deixando-o sem outro recurso senão a aceitação da misericórdia, deve-se levar o pecador a compreender a situação delicada e o perigo de se dispensar a execução da penalidade quando foi transgredido o preceito da lei.
  5. Precisamente nesta altura deve-se levar o pecador a compreender que ele não deve concluir, com base na benevolência de Deus, que este pode com justiça perdoá-lo. Ao contrário, a não ser que a justiça pública seja satisfeita, a lei de benevolência universal proíbe o perdão dos pecados. Se não for levada em consideração a justiça pública no exercício da misericórdia, o bem público será sacrificado em benefício do indivíduo. Isso, Deus jamais fará.
  6. Esse ensino obrigará o pecador a procurar alguma forma de satisfazer a justiça pública.
  7. Apresentamos-lhe agora a obra expiatória de Cristo como fato revelado, limitando suas esperanças a Cristo como seu próprio holocausto. Ponhamos em destaque a verdade revelada de que Deus aceitou a morte de Cristo em lugar da morte do pecador, e que isso deve ser recebido com base no testemunho do próprio Deus.
  8. Esmagado até contrição pelo poder convincente da lei, a revelação do amor de Deus manifestado na morte de Cristo há de gerar no pecador o sentimento de desgosto de si próprio e aquela tristeza segundo Deus, que a ninguém traz pesar. Diante dessa revelação, o pecador jamais se perdoa. Deus é santo e grandioso; ele, um pecador, salvo pela graça soberana. Isso poderá ser apresentado com maior ou menor precisão de acordo com as pessoas visadas, seu grau de inteligência, de capacidade para pensar e de cuidado para entender.
Não foi por acidente que a dispensação da lei antecedeu à dispensação da graça; mas está na ordem natural das cousas, de acordo com leis mentais preestabelecidas, e sempre a lei há de preparar o caminho do evangelho. A negligência nesses pontos

Nenhum comentário:

Postar um comentário