essa intensidade que é a essência da verdadeira grandeza, aquele que
pode produzir um efeito que a habilidade artística sozinha jamais poderá
conseguir.
(3) Veio com resultados e não só com palavras. O resultado da
pregação de Paulo foi que aconteceram coisas. Paulo diz que sua
pregação se demonstrou inquestionavelmente certa por meio do Espírito
e seu poder. A palavra que utiliza se refere à prova mais rigorosa
possível, o tipo de prova que não pode ser questionada. Qual era? Era a
prova da mudança nas vidas. Algo completamente novo, anti-séptico,
regenerador tinha entrado na poluída sociedade de Corinto.
John Hutton costumava contar com prazer uma história. Um
homem que tinha sido um renegado e um alcoólico havia sido
conquistado por Cristo. Seus colegas de trabalho sabiam isto e tentavam
debilitá-lo. Estavam acostumados a dizer: "Certamente que um homem
sensato como você não pode crer nos milagres que a Bíblia relata. Não
pode, por exemplo, crer que seu Jesus converteu a água em vinho " O
homem respondeu: "Não sei se o fez ou não, mas o que sim sei é que em
minha própria casa o vi converter a cerveja em móveis "
Ninguém pode discutir contra a prova de uma vida mudada. Nossa
fraqueza reside em que muitas vezes tentamos convencer os homens
sobre o cristianismo com palavras, em lugar de mostrar-lhes a Cristo em
nossas próprias vidas. Como alguém disse "Um santo é alguém em quem
Cristo vive outra vez."
A SABEDORIA QUE PROVÉM DE DEUS
1 Coríntios 2:6-9
Esta passagem nos apresenta uma diferença existente entre as
distintas formas de instrução cristã e uma diferença entre as distintas
etapas da vida cristã. Na igreja primitiva havia uma diferença bastante
clara entre dois tipos de instrução:
1 Coríntios (William Barclay) 34
(1) Havia o kerigma. Kerigma significa o anúncio do rei por boca
de um arauto; e tratava-se de um anúncio liso e plano dos atos básicos
do cristianismo a respeito dos quais não havia nenhum argumento.
Obviamente tratava-se de uma primeira etapa, anunciava-se aos homens
a realidade da vida, morte e ressurreição de Jesus e seu futuro retorno.
(2) Havia a didachê. Didachê significa ensinar; e consistia na
explicação do significado dos fatos que já tinham sido anunciados.
Obviamente esta segunda etapa era dedicada àqueles que já tinham
recebido o kerigma. Paulo se está referindo a isto nesta passagem. Até o
momento falou de Jesus Cristo e de sua crucificação; era o anúncio
básico que devia fazer o cristianismo, mas, continua dizendo, não nos
detemos aqui; a instrução cristã continua ensinando não só os atos, mas
também seu significado. Diz que isto se realiza entre os que são teleioi.
Em algumas versões esta palavra se traduz por perfeitos. Este é um dos
significados da palavra, mas não é o apropriado para esta passagem.
Teleios tem um sentido físico, descreve um animal ou uma pessoa que
cresceu como devia e alcançou a altura de seu desenvolvimento físico.
Tem um significado mental.
Pitágoras dividiu seus discípulos entre aqueles que eram meninos e
teleioi, o que significa que descreve uma pessoa que passou da instrução
rudimentar nos elementos de qualquer matéria e que é agora um
estudante amadurecido. Esse é o sentido que Paulo lhe dá aqui. Diz
"Falamos a respeito dos elementos básicos do cristianismo fora nas ruas
e àqueles que logo ingressam na igreja, ‘mas entre os que alcançaram
maturidade’ (R.V.) repartimos um ensino mais profundo a respeito do
que significam esses atos básicos." Em nenhum momento insinua Paulo
a existência de uma espécie de distinção de castas entre os distintos tipos
de cristãos, a diferença está nas etapas em que se encontram situados, e
cada uma delas necessita um tipo de instrução distinta. O trágico é que
muitas vezes as pessoas se contentam em permanecer na etapa
elementar, quando teriam que esforçar-se por pensar por si mesmos.
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