O VÍNCULO QUE NÃO SE DEVE ROMPER
1 Coríntios 7:8-16 Esta passagem se refere a três grupos diferentes de pessoas. (1) Refere-se aos solteiros ou aos viúvos. Dentro das circunstâncias de uma era, que como Paulo pensava, estava chegando a seu fim, seria melhor que permanecessem tal qual estavam; mas mais uma vez, adverte-os que não devem cortejar a tentação, nem prolongar uma situação que seria muito perigosa para eles. Se sua natureza for naturalmente apaixonada devem casar-se. Paulo estava sempre seguro de 1 Coríntios (William Barclay) 68 que ninguém pode estabelecer uma norma comum para todos. Tudo depende das pessoas envoltas. (2) Refere-se àqueles que estão casados. Paulo proíbe o divórcio e o faz sobre a base de que Jesus o proibia (Marcos 10:9; Lucas 16:18). Se existir tal separação, Paulo proíbe um novo casamento. Pode nos parecer uma doutrina severa, mas em Corinto com sua lassidão característica, era melhor que as normas fossem tão altas que nada pertencente à vida relaxada pudesse entrar na Igreja. (3) Refere-se ao casamento de crentes e não crentes. Paulo deve dar seu próprio ponto de vista sobre este aspecto, devido ao fato de que não podia referir-se a nenhum mandamento definido de Jesus. A raiz de tudo isto é que devia haver alguns em Corinto que consideravam que um crente não devia viver com um que não o fosse; e que, se um membro do casal se convertia e o outro continuava sendo pagão, deviam separar-se. Em realidade uma das grandes queixas dos pagãos contra o cristianismo era precisamente o que destruía as famílias e era uma influência desorganizadora da sociedade. Uma das primeiras acusações que surgiram contra o cristianismo foi a de "entremeter-se nas relações domésticas" (1 Pedro 4:15.). Algumas vezes os cristãos tomavam posições muito altivas. "Quais são seus pais?", perguntou o juiz a Luciano de Antioquia. "Sou cristão", respondeu Luciano, "e os únicos parentes dos cristãos são os santos." Sem dúvida alguma os casamentos mistos traziam problemas. Tértulo escreveu um livro a respeito deles em que descreve a um marido pagão que está zangado com sua esposa cristã porque "por visitar os irmãos vai pelas ruas às casas de outros homens, em especial pobres ... Não se permite estar ausente toda a noite em reuniões noturnas nem nas celebrações pascais... nem que vá à a prisão para beijar as ataduras de um mártir, nem sequer que beije a alguns dos irmãos." (Na igreja primitiva os cristãos se saudavam com o beijo sagrado da paz.) Em realidade, é difícil não compreender o marido pagão. Paulo se referiu ao problema com uma grande sabedoria prática. Conhecia as dificuldades e 1 Coríntios (William Barclay) 69 se negou a aumentá-las e exacerbá-las. Disse que se os dois podiam concordar em viver juntos devia permitir-se que o fizessem, mas se desejavam separar-se e encontravam intolerável o viver juntos, devia permitir-se que o fizessem, visto que um cristão não devia ser escravo Paulo diz duas coisas que têm um valor permanente. (1) Pensa com amor que o membro do casal que não crê é consagrado pelo crente. Eles duas são uma só carne e o maravilhoso é que nesses casos a graça do cristianismo ganha a vitória e não a corrupção do paganismo. Há algo ao redor do cristianismo que envolve a todos os que estão em contato com ele. Um menino nascido em um lar cristão, até em um lar em que um só dos pais é cristão, nasceu na família de Cristo. Num casamento entre um crente e um não crente, não é aquele que crê o que entra em contato com o reino de pecado, é o não crente o que entra em contato com o reino da graça. (2) Também pensa com amor que esta associação pode ser o meio para salvar a alma do membro não crente do casal. Para Paulo a evangelização começava em casa. O não crente não devia ser considerado como algo impuro que era preciso evitar com repulsa, mas sim como outro filho que devia ser ganho para Deus. Paulo sabia que felizmente é certo que muitas vezes o amor humano levou ao amor de Deus.
1 Coríntios 7:8-16 Esta passagem se refere a três grupos diferentes de pessoas. (1) Refere-se aos solteiros ou aos viúvos. Dentro das circunstâncias de uma era, que como Paulo pensava, estava chegando a seu fim, seria melhor que permanecessem tal qual estavam; mas mais uma vez, adverte-os que não devem cortejar a tentação, nem prolongar uma situação que seria muito perigosa para eles. Se sua natureza for naturalmente apaixonada devem casar-se. Paulo estava sempre seguro de 1 Coríntios (William Barclay) 68 que ninguém pode estabelecer uma norma comum para todos. Tudo depende das pessoas envoltas. (2) Refere-se àqueles que estão casados. Paulo proíbe o divórcio e o faz sobre a base de que Jesus o proibia (Marcos 10:9; Lucas 16:18). Se existir tal separação, Paulo proíbe um novo casamento. Pode nos parecer uma doutrina severa, mas em Corinto com sua lassidão característica, era melhor que as normas fossem tão altas que nada pertencente à vida relaxada pudesse entrar na Igreja. (3) Refere-se ao casamento de crentes e não crentes. Paulo deve dar seu próprio ponto de vista sobre este aspecto, devido ao fato de que não podia referir-se a nenhum mandamento definido de Jesus. A raiz de tudo isto é que devia haver alguns em Corinto que consideravam que um crente não devia viver com um que não o fosse; e que, se um membro do casal se convertia e o outro continuava sendo pagão, deviam separar-se. Em realidade uma das grandes queixas dos pagãos contra o cristianismo era precisamente o que destruía as famílias e era uma influência desorganizadora da sociedade. Uma das primeiras acusações que surgiram contra o cristianismo foi a de "entremeter-se nas relações domésticas" (1 Pedro 4:15.). Algumas vezes os cristãos tomavam posições muito altivas. "Quais são seus pais?", perguntou o juiz a Luciano de Antioquia. "Sou cristão", respondeu Luciano, "e os únicos parentes dos cristãos são os santos." Sem dúvida alguma os casamentos mistos traziam problemas. Tértulo escreveu um livro a respeito deles em que descreve a um marido pagão que está zangado com sua esposa cristã porque "por visitar os irmãos vai pelas ruas às casas de outros homens, em especial pobres ... Não se permite estar ausente toda a noite em reuniões noturnas nem nas celebrações pascais... nem que vá à a prisão para beijar as ataduras de um mártir, nem sequer que beije a alguns dos irmãos." (Na igreja primitiva os cristãos se saudavam com o beijo sagrado da paz.) Em realidade, é difícil não compreender o marido pagão. Paulo se referiu ao problema com uma grande sabedoria prática. Conhecia as dificuldades e 1 Coríntios (William Barclay) 69 se negou a aumentá-las e exacerbá-las. Disse que se os dois podiam concordar em viver juntos devia permitir-se que o fizessem, mas se desejavam separar-se e encontravam intolerável o viver juntos, devia permitir-se que o fizessem, visto que um cristão não devia ser escravo Paulo diz duas coisas que têm um valor permanente. (1) Pensa com amor que o membro do casal que não crê é consagrado pelo crente. Eles duas são uma só carne e o maravilhoso é que nesses casos a graça do cristianismo ganha a vitória e não a corrupção do paganismo. Há algo ao redor do cristianismo que envolve a todos os que estão em contato com ele. Um menino nascido em um lar cristão, até em um lar em que um só dos pais é cristão, nasceu na família de Cristo. Num casamento entre um crente e um não crente, não é aquele que crê o que entra em contato com o reino de pecado, é o não crente o que entra em contato com o reino da graça. (2) Também pensa com amor que esta associação pode ser o meio para salvar a alma do membro não crente do casal. Para Paulo a evangelização começava em casa. O não crente não devia ser considerado como algo impuro que era preciso evitar com repulsa, mas sim como outro filho que devia ser ganho para Deus. Paulo sabia que felizmente é certo que muitas vezes o amor humano levou ao amor de Deus.
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