quarta-feira, 2 de maio de 2018

Livro: 1 Corintios n°35 OS LIMITES DA LIBERDADE CRISTÃ

OS LIMITES DA LIBERDADE CRISTà

1 Coríntios 10:23-33 Paulo finaliza esta longa discussão do problema da carne que se oferecia aos ídolos com alguns conselhos muito práticos. (1) Seu conselho é que um cristão pode comprar qualquer coisa que se venda nos negócios sem fazer perguntas. Como vimos, poderia ser que a carne que se vendesse nos negócios tivesse feito parte de um sacrifício e poderia pertencer a um animal carneado em nome de algum deus para que os demônios não entrassem nele; mas é possível ser muito exagerado e escrupuloso, e criar dificuldades onde não têm por que 1 Coríntios (William Barclay) 96 existir. Depois de tudo, a Terra e tudo o que está nela pertence a Deus, e, em última análise, tudo é dele. (2) Se um cristão aceitar um convite para comer em casa de um pagão, que coma tudo o que lhe for servido sem fazer perguntas. Mas se tiver sido deliberadamente informado que a carne é parte de um sacrifício, não deve comê-la. Presume-se que foi avisado por um desses irmãos que não podem liberar sua consciência da idéia de que é mau comer dessa carne. Em vez de preocupar e incomodar a essa pessoa, o cristão deve abster-se de comer. (3) Assim, pois, mais uma vez, de uma situação antiga e remota surge uma grande verdade. Há muitas coisas que se pode fazer com perfeita segurança pelo que faz a si mesmo, mas se isso vai ser uma pedra de tropeço para outra pessoa, não deve fazê-lo. Não há nada mais real que a liberdade cristã; mas esta deve ser utilizada para ajudar a outros e não para escandalizá-los ou feri-los. O homem tem um dever para consigo mesmo, mas tem um dever maior para com outros Vejamos até onde se estende este dever (1) Paulo insiste em que um cristão coríntio deve ser um bom exemplo para os judeus. Até para seus inimigos um homem deve ser um exemplo de algo bom. Seus inimigos poderão odiá-lo, mas isso não o absolve do dever de assinalá-los por meio de sua conduta, o caminho correto. (2) Os cristãos coríntios tinham um dever para com os gregos, o que quer dizer que tinham que mostrar um bom exemplo àqueles que eram totalmente indiferentes para com o cristianismo. Devemos ser um exemplo para aqueles que não têm nenhum interesse na Igreja. Em realidade esse exemplo é aquele que ganhou em muitos. Uma vez um pastor se dirigiu a um lugar longínquo para ajudar a um homem que não tinha nada que ver com a Igreja. Resgatou-o de uma situação difícil. O homem começou a assistir à Igreja e no final esse homem indiferente apareceu com um rogo surpreendente. Pediu que o 1 Coríntios (William Barclay) 97 nomeasse "ancião" para poder viver o resto de sua vida demonstrando sua gratidão pelo que Cristo fazia por ele através de seu servo. (3) O cristão coríntio tinha um dever para com seus irmãos na fé. É um fato concreto da vida que há alguém que contempla a cada um de nós, que nosso comportamento serve de inspiração para o de alguém. Pode ser que não saibamos, mas um irmão mais jovem ou mais fraco pode estar nos olhando para guiar-se por nós. É nosso dever oferecer essa guia que dá forças ao fraco, confirma os irresolutos e salva os que foram tentados pelo pecado. Só podemos fazer todas as coisas para a glória de Deus quando recordarmos o dever que temos para com nossos irmãos, e só o faremos quando recordarmos que nossa liberdade cristã não nos é outorgada por nossa causa, mas por causa de outros. Os capítulos 12 a 14 estão entre os mais difíceis de toda a epístola para uma pessoa moderna do mundo ocidental; mas não obstante se encontram entre os mais interessantes de toda a epístola, devido ao fato de que tratam problemas que tinham surgido na Igreja de Corinto com respeito ao culto público. Neles vemos o quadro de uma Igreja imatura lutando com o problema de oferecer a Deus um culto adequado e correto. Será mais fácil seguir a seção se assinalamos desde o princípio as partes que a compõem. (1) 11:2-16 tratam o problema de se as mulheres devem adorar com a cabeça descoberta (2) 11:17-23 tratam problemas que surgiram com relação ao Ágape ou Festa de Amor, que era a comida semanal que a congregação cristã celebrava em comum. (3) 11:24-34 se referem à correta observância do sacramento da Ceia do Senhor. (4) O capítulo 12 discute o problema da fusão num todo harmonioso dos que possuem toda classe de dons distintos. Aqui encontramos a grande figura da Igreja como o Corpo de Cristo, e cada membro como parte desse corpo. 1 Coríntios (William Barclay) 98 (5) O capítulo 13 é o grande hino de amor que mostra aos homens o caminho mais excelente. (6) 14:1-23 trata do problema de falar em línguas. (7) 14:24-33 insiste na necessidade de que exista uma ordem no culto público e busca que o transbordante entusiasmo de uma Igreja recém-nascida se ajuste à necessária disciplina. (8) 14:34-36 discute sobre o lugar das mulheres no culto público de Deus na Igreja de Corinto. 

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