quarta-feira, 2 de maio de 2018

Livro: 1 Corintios n°32 UMA VERDADEIRA LUTA

UMA VERDADEIRA LUTA 

1 Coríntios 9:24-27 Agora Paulo toma outro caminho. Ele adverte àqueles coríntios que queriam buscar o caminho que ninguém conseguirá nada sem a mais austera disciplina pessoal. Paulo estava sempre fascinado pela imagem de um atleta. Um atleta deve treinar-se com intensidade se deseja ganhar a contenda; e Corinto sabia quão emocionantes eram os campeonatos, 1 Coríntios (William Barclay) 88 devido ao fato de que nela se celebravam os jogos ístmicos (ocupavam o segundo lugar atrás dos Olímpicos). E mais ainda, aqueles atletas se sujeitavam a essa disciplina e a esse treinamento para ganhar uma coroa de louros que em poucos dias se converteria em uma grinalda murcha. Quanto mais deveria o cristão disciplinar-se para ganhar a coroa da vida eterna? Nesta passagem Paulo expõe um tipo de breve filosofia da vida. (1) A vida é uma batalha. Como disse William James: "Se esta vida não for uma verdadeira luta, em que o êxito obtém algo eternamente para o universo, não é melhor que uma representação teatral privada, da qual alguém se pode retirar à vontade. Mas se sente como uma luta — como se houvesse algo realmente selvagem no universo que nós, com todos os nossos idealismos e fé, estamos chamados a redimir." Como sustentava Coleridge: "O mundo, longe de ser uma deusa envolta em uma saia é em realidade um demônio em traje de rua." Um soldado fraco não pode ganhar batalhas, um atleta mal treinado não pode ganhar corridas. Devemos sempre nos considerar como homens em campanha, avançando sempre para uma meta (2) Ganhar esta batalha e sair vitorioso desta corrida demanda uma grande disciplina. Temos que disciplinar nossos corpos; um dos atos que pouco se leva em conta da vida espiritual, é que muitas vezes a depressão espiritual provém nada mais que da fraqueza física. Para que alguém realize seu melhor trabalho, deve fazê-lo com um corpo tão bem preparado como possa. Descuidamos nossa saúde corporal para nosso próprio risco. Devemos disciplinar nossas mentes; uma das tragédias da vida é que os homens se negam a pensar até que chega o momento em que são incapazes de fazê-lo. Nunca poderemos resolver os problemas se nos negarmos a percebê-los ou escapamos deles. Devemos disciplinar nossos espíritos; podemos fazê-lo enfrentando as contendas da vida com serena resistência; as tentações com toda a força que possamos obter 1 Coríntios (William Barclay) 89 com a ajuda de Deus; os desencantos com coragem. Todos os dias a vida nos oferece a oportunidade de disciplinar nossas almas. (3) Na vida precisamos conhecer nossa meta. Uma das coisas mais penosas da vida é ver a falta de objetivo na vida de tantas pessoas. Vão ao léu em lugar de dirigir-se para algo. Maarten Maartens é autor da seguinte parábola: "Havia uma vez um homem que era escritor satírico. Passado determinado tempo seus amigos o assassinaram. As pessoas se reuniram em volta de seu cadáver. Diziam indignados: “Tratava todo mundo como se fosse uma bola de futebol, chutando-o." O morto abriu um olho e disse: ‘Mas sempre para uma meta’.” Uma vez alguém desenhou uma tira cômica em que mostrava a dois homens em Marte olhando às pessoas no mundo que se escapulia de um lado para outro. Um deles perguntou: "O que fazem?" O outro respondeu: "Estão indo." "Mas, aonde?" "Ah, não se dirigem a nenhum lugar, simplesmente vão." E não dirigir-se a nenhum lado é a forma segura de não conseguir nada. (4) Precisamos conhecer na vida o valor dessa meta. O grande chamado de Jesus aos homens raramente estava baseado no castigo. baseava-se no convite: "Olhem o que vocês perdem se não seguirem meu caminho." A meta é a vida, e certamente ganhar a vida vale tudo. (5) Na vida não podemos salvar a outros a não ser que dominemos a nós mesmos. Freud disse uma vez: "A psicanálise se aprende em primeiro lugar na própria pessoa, através do estudo da própria personalidade." Os gregos diziam que a primeira régia da vida é: "Conhece-te ti mesmo." Na verdade não podemos servir a outros a não ser que sejamos donos de nós mesmos; não podemos ensinar o que não sabemos; não podemos levar a outros a Cristo até que nós mesmos não o encontremos e sejamos encontrados por Ele.

1 Coríntios 10 O perigo de ser muito confiado - 10:1-13 A obrigação sacramental - 10:14-22 Os limites da liberdade cristã - 10:23-33 

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