1 Coríntios 12
A confissão do Espírito - 12:1-3
Os distintos dons de Deus - 12:4-11
O corpo de Cristo - 12:12-31
A CONFISSÃO DO ESPÍRITO
1 Coríntios 12:1-3 Na Igreja de Corinto estavam ocorrendo as coisas mais surpreendentes através da ação do Espírito Santo, mas em uma era de êxtase e entusiasmo pode haver uma excitação histérica, auto-engano e enganos totais assim como atos verdadeiros, e tanto neste como nos próximos dois capítulos Paulo fala a respeito das verdadeiras manifestações do Espírito. Esta é uma passagem muito interessante devido ao fato de que contém duas frases que eram gritos de batalha. (1) Contém a frase Jesus seja amaldiçoado [12:3, NVI]. Havia quatro formas nas quais podia surgir esta frase terrível. (a) Poderia ser utilizada pelos judeus. As orações na sinagoga incluíam regularmente uma maldição a todos os hereges e apóstatas, e 1 Coríntios (William Barclay) 108 Jesus figuraria entre eles. E mais ainda, como Paulo bem o sabia (Gálatas 3:13), a lei judaica estabelecia: "Maldito seja aquele que é pendurado no madeiro." E Jesus tinha sido crucificado. Não seria estranho ouvir os judeus pronunciando seus anátemas sobre esse herege e criminal que os cristãos adoravam. (b) É bem possível que os judeus fizessem que os prosélitos que se viam atraídos pelo cristianismo pronunciassem esta maldição ou fossem excomungados de todo culto judeu. Quando Paulo estava relatando a Agripa seus dias de perseguidor, disse: "E muitas vezes, castigando-os em todas as sinagogas, forcei-os a blasfemar" (Atos 26:11). Uma das condições para permanecer na sinagoga deve ter sido pronunciar uma maldição contra Jesus Cristo. (c) Seja como fosse na época em que Paulo estava escrevendo, é verdade que mais tarde, nos dolorosos dias da perseguição, os cristãos eram obrigados por seus perseguidores a amaldiçoar a Cristo ou morrer. Na época de Trajano, a prova de Plínio, governador de Bitínia, era exigir das pessoas acusadas de ser cristãs que amaldiçoaram a Cristo. Quando Policarpo, o bispo de Esmirna, foi detido, o procônsul Estácio Quadrado exigiu o seguinte: “Diga: ‘Fora os ateus’, jura pela divindade do César e blasfema contra Cristo.” E esta foi a grande resposta do ancião bispo: “Servi a Cristo por oitenta e seis anos, e nunca me fez nenhum mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou?” Chegou certamente o momento em que os cristãos se viram confrontados com a escolher amaldiçoar a Cristo ou morrer. (d) Existia a possibilidade de que até dentro da Igreja, alguém num estado de delírio semi-enlouquecido gritasse: "Maldito seja Jesus." Nessa atmosfera histérica podia ocorrer qualquer coisa e poderia dizer-se que se tratava da obra do Espírito. Paulo estabelece que ninguém pode dizer uma palavra contra Cristo e atribuí-la à influência do Espírito. (2) Mas junto a isto está o grito de batalha cristão Jesus é o Senhor. Enquanto a Igreja primitiva não tinha um credo, esta simples frase era seu credo (ver Filipenses 2:11). A palavra era kurios e era tremenda. Era 1 Coríntios (William Barclay) 109 o título oficial do imperador romano. A exigência dos perseguidores sempre era: “Diga: ‘César é Senhor’ (kurios)." É a palavra grega por meio da qual se traduzia o nome santo de Jeová na tradução grega do Antigo Testamento. Quando um homem podia dizer "Jesus é Senhor", significava que outorgava a Jesus a fidelidade suprema de sua vida e a suprema adoração de seu coração. Devemos notar que Paulo cria que um homem só podia dizer: "Jesus é o Senhor", quando o Espírito o capacitava a fazê-lo. O Senhorio de Jesus não era tanto algo que o homem podia descobrir por si só, como algo que Deus, em sua graça lhe revelava.
A CONFISSÃO DO ESPÍRITO
1 Coríntios 12:1-3 Na Igreja de Corinto estavam ocorrendo as coisas mais surpreendentes através da ação do Espírito Santo, mas em uma era de êxtase e entusiasmo pode haver uma excitação histérica, auto-engano e enganos totais assim como atos verdadeiros, e tanto neste como nos próximos dois capítulos Paulo fala a respeito das verdadeiras manifestações do Espírito. Esta é uma passagem muito interessante devido ao fato de que contém duas frases que eram gritos de batalha. (1) Contém a frase Jesus seja amaldiçoado [12:3, NVI]. Havia quatro formas nas quais podia surgir esta frase terrível. (a) Poderia ser utilizada pelos judeus. As orações na sinagoga incluíam regularmente uma maldição a todos os hereges e apóstatas, e 1 Coríntios (William Barclay) 108 Jesus figuraria entre eles. E mais ainda, como Paulo bem o sabia (Gálatas 3:13), a lei judaica estabelecia: "Maldito seja aquele que é pendurado no madeiro." E Jesus tinha sido crucificado. Não seria estranho ouvir os judeus pronunciando seus anátemas sobre esse herege e criminal que os cristãos adoravam. (b) É bem possível que os judeus fizessem que os prosélitos que se viam atraídos pelo cristianismo pronunciassem esta maldição ou fossem excomungados de todo culto judeu. Quando Paulo estava relatando a Agripa seus dias de perseguidor, disse: "E muitas vezes, castigando-os em todas as sinagogas, forcei-os a blasfemar" (Atos 26:11). Uma das condições para permanecer na sinagoga deve ter sido pronunciar uma maldição contra Jesus Cristo. (c) Seja como fosse na época em que Paulo estava escrevendo, é verdade que mais tarde, nos dolorosos dias da perseguição, os cristãos eram obrigados por seus perseguidores a amaldiçoar a Cristo ou morrer. Na época de Trajano, a prova de Plínio, governador de Bitínia, era exigir das pessoas acusadas de ser cristãs que amaldiçoaram a Cristo. Quando Policarpo, o bispo de Esmirna, foi detido, o procônsul Estácio Quadrado exigiu o seguinte: “Diga: ‘Fora os ateus’, jura pela divindade do César e blasfema contra Cristo.” E esta foi a grande resposta do ancião bispo: “Servi a Cristo por oitenta e seis anos, e nunca me fez nenhum mal. Como posso blasfemar contra meu Rei que me salvou?” Chegou certamente o momento em que os cristãos se viram confrontados com a escolher amaldiçoar a Cristo ou morrer. (d) Existia a possibilidade de que até dentro da Igreja, alguém num estado de delírio semi-enlouquecido gritasse: "Maldito seja Jesus." Nessa atmosfera histérica podia ocorrer qualquer coisa e poderia dizer-se que se tratava da obra do Espírito. Paulo estabelece que ninguém pode dizer uma palavra contra Cristo e atribuí-la à influência do Espírito. (2) Mas junto a isto está o grito de batalha cristão Jesus é o Senhor. Enquanto a Igreja primitiva não tinha um credo, esta simples frase era seu credo (ver Filipenses 2:11). A palavra era kurios e era tremenda. Era 1 Coríntios (William Barclay) 109 o título oficial do imperador romano. A exigência dos perseguidores sempre era: “Diga: ‘César é Senhor’ (kurios)." É a palavra grega por meio da qual se traduzia o nome santo de Jeová na tradução grega do Antigo Testamento. Quando um homem podia dizer "Jesus é Senhor", significava que outorgava a Jesus a fidelidade suprema de sua vida e a suprema adoração de seu coração. Devemos notar que Paulo cria que um homem só podia dizer: "Jesus é o Senhor", quando o Espírito o capacitava a fazê-lo. O Senhorio de Jesus não era tanto algo que o homem podia descobrir por si só, como algo que Deus, em sua graça lhe revelava.
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