INOVAÇÕES PROIBIDAS
1 Coríntios 14:34-40 Na Igreja de Corinto existiam inovações que a ameaçavam e que não eram do agrado de Paulo. Com efeito, exige deles que esclareçam que direitos tinham de fazê-las. Eram acaso eles os criadores da Igreja cristã? Tinham um monopólio da verdade do evangelho e de sua história? Tinham recebido uma tradição e deviam ser obedientes a ela. Ninguém se livrou jamais por completo das idéias e do pano de fundo da era em que viveu e da sociedade na qual cresceu, e Paulo, em sua concepção do lugar que deviam ocupar as mulheres dentro da Igreja, não podia livrar-se das idéias que tinha conhecido toda sua vida. Já assinalamos que no mundo antigo o lugar das mulheres era baixo. 1 Coríntios (William Barclay) 136 No mundo grego Sófocles havia dito "O silêncio confere graça a uma mulher." Na Grécia as mulheres, a não ser que fossem muito pobres ou de moral relaxada, levavam uma vida de reclusão. Os judeus tinham uma idéia ainda mais baixa das mulheres. Entre as declarações rabínicos há muitos que diminuem o lugar das mulheres. "Com respeito a ensinar a lei a uma mulher, o mesmo seria ensinar-lhe impiedade." Ensinar a lei a uma mulher era "jogar pérolas aos porcos". O Talmud menciona entre as pragas do mundo "a viúva conversadora e inquisitiva e a virgem que perde seu tempo orando". "Não se deve pedir um favor a uma mulher, nem saudá-la." Paulo escreveu esta passagem numa sociedade como a descrita. É bem possível que o que acima de tudo estivesse em sua mente fosse a moral relaxada de Corinto e o sentimento de que não devia fazer-se nada, nada absolutamente, que trouxesse sobre a Igreja infante a menor suspeita de falta de modéstia. Com segurança seria muito equivocado tirar estas palavras de Paulo do contexto em que foram escritas e fazer delas uma regra universal para a Igreja. Paulo continua falando com certa severidade. Estava muito seguro de que, embora as pessoas tenham dons espirituais, isto não lhes dá nenhum direito para rebelar-se contra a autoridade. Paulo é consciente de que os conselhos que deu e as leis que estabeleceu, ele as recebeu diretamente de Jesus Cristo e de seu Espírito, e que se alguém se negar a compreendê-lo deve ser deixado em sua voluntária ignorância. Assim, pois, Paulo chega no final. Esclarece que não deseja afogar o dom de ninguém, a única coisa que quer fazer possível é que exista uma boa ordem dentro da Igreja. A grande norma que com efeito estabelece é que o homem recebeu de Deus todos os dons que possui, não para seu próprio benefício, mas para o benefício da Igreja, não para sua própria glória, mas para a maior glória de Deus. Quando um homem pode dizer: "Seja Deus glorificado", então e só então utilizará seus dons corretamente dentro e fora da Igreja.
1 Coríntios 14:34-40 Na Igreja de Corinto existiam inovações que a ameaçavam e que não eram do agrado de Paulo. Com efeito, exige deles que esclareçam que direitos tinham de fazê-las. Eram acaso eles os criadores da Igreja cristã? Tinham um monopólio da verdade do evangelho e de sua história? Tinham recebido uma tradição e deviam ser obedientes a ela. Ninguém se livrou jamais por completo das idéias e do pano de fundo da era em que viveu e da sociedade na qual cresceu, e Paulo, em sua concepção do lugar que deviam ocupar as mulheres dentro da Igreja, não podia livrar-se das idéias que tinha conhecido toda sua vida. Já assinalamos que no mundo antigo o lugar das mulheres era baixo. 1 Coríntios (William Barclay) 136 No mundo grego Sófocles havia dito "O silêncio confere graça a uma mulher." Na Grécia as mulheres, a não ser que fossem muito pobres ou de moral relaxada, levavam uma vida de reclusão. Os judeus tinham uma idéia ainda mais baixa das mulheres. Entre as declarações rabínicos há muitos que diminuem o lugar das mulheres. "Com respeito a ensinar a lei a uma mulher, o mesmo seria ensinar-lhe impiedade." Ensinar a lei a uma mulher era "jogar pérolas aos porcos". O Talmud menciona entre as pragas do mundo "a viúva conversadora e inquisitiva e a virgem que perde seu tempo orando". "Não se deve pedir um favor a uma mulher, nem saudá-la." Paulo escreveu esta passagem numa sociedade como a descrita. É bem possível que o que acima de tudo estivesse em sua mente fosse a moral relaxada de Corinto e o sentimento de que não devia fazer-se nada, nada absolutamente, que trouxesse sobre a Igreja infante a menor suspeita de falta de modéstia. Com segurança seria muito equivocado tirar estas palavras de Paulo do contexto em que foram escritas e fazer delas uma regra universal para a Igreja. Paulo continua falando com certa severidade. Estava muito seguro de que, embora as pessoas tenham dons espirituais, isto não lhes dá nenhum direito para rebelar-se contra a autoridade. Paulo é consciente de que os conselhos que deu e as leis que estabeleceu, ele as recebeu diretamente de Jesus Cristo e de seu Espírito, e que se alguém se negar a compreendê-lo deve ser deixado em sua voluntária ignorância. Assim, pois, Paulo chega no final. Esclarece que não deseja afogar o dom de ninguém, a única coisa que quer fazer possível é que exista uma boa ordem dentro da Igreja. A grande norma que com efeito estabelece é que o homem recebeu de Deus todos os dons que possui, não para seu próprio benefício, mas para o benefício da Igreja, não para sua própria glória, mas para a maior glória de Deus. Quando um homem pode dizer: "Seja Deus glorificado", então e só então utilizará seus dons corretamente dentro e fora da Igreja.
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